domingo, 8 de abril de 2012

De que valem as políticas sem as pessoas??




“Não há profissionais suficientes nos cuidados de saúde. Não me parece que seja fácil desenhar e implementar as políticas sem nutricionistas nem dietistas suficientes”




O número de nutricionistas e dietistas nos serviços de saúde deveria aumentar para combater a obesidade, de acordo com a única candidata a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

De acordo com Alexandra Bento, a Ordem das Nutricionistas deve trabalhar para garantir a ética e deontologia profissional, mas também lutar pelo “direito humano a uma alimentação adequada”. É urgente desenhar uma política alimentar centrada na prevenção e que seja trans-governamental, com a Saúde, a Educação e a Agricultura. Não pode ser qualquer coisa de circunstancial com medidas avulsas”, revelou à agência Lusa a candidata.

No entanto, segundo a especialista, para garantir o êxito do projeto é preciso aumentar o número de nutricionistas e dietistas nos hospitais e centros de saúde: “Não há profissionais suficientes nos cuidados de saúde. Não me parece que seja fácil desenhar e implementar as políticas sem nutricionistas nem dietistas suficientes”.

Alexandra Bento revelou ainda os estudos apontam para uma maior prevalência de casos de obesidade e excesso de peso entre as classes sociais mais desfavorecidas. A solução pode passar por dar mais informação aos cidadãos para que façam escolhas saudáveis.

A especialista garante que uma alimentação saudável não é sinónimo de refeições mais caras, mas admite que exige sempre “muita literacia e muita vontade” de conseguir refeições a preços equilibrados.

“A Associação Portuguesa de Nutricionistas apresentou refeições com sopa, prato e fruta, que não ultrapassavam um euro e guias alimentares completos, com as seis refeições diárias, que não ultrapassavam os cinco euros”, recorda.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A. (02-04-2012)

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