Sabem aquelas situações em que vemos uma família inteira com excesso de peso e pensamos que a genética é tramada?!
Sim, é verdade que a genética tem um papel importantíssimo na obesidade, mas o estilo de vida familiar não lhe fica nada atrás!!!
A Sandra Gaspar é co-autora do blog Sweet Caos. É uma mãe com excesso de peso e isso faz com que tenha uma preocupação especial com a alimentação do seu filhote, sem cair em extremos que não são nada saudáveis.
"Vou começar por dizer que o meu filho come
batatas fritas, queques e adora pizza. Desculpa Sandra Almeida, mas esta é a
verdade.
O Sebastião tem 25 meses e é um miúdo
super-saudável. Não tem nem nunca teve excesso de peso. Contudo, eu tenho. É
impossível não me preocupar com a sua alimentação. É importante para mim que
ele tenha bons hábitos alimentares. Sei que existem muitas mães que levam ao
extremo a alimentação saudável, eu não sou uma delas. Eu sou apenas uma mãe
gordinha que tenta ter cuidados que sei vão beneficiar o meu filho no
futuro.
Assim que fiquei grávida, optámos por mudar
alguns dos hábitos que tínhamos em casa, pois sabíamos logo à partida que as
crianças funcionam muito por imitação.
Os Sumos
A primeira coisa que foi abolida foram os sumos
e refrigerantes. Era habitual acompanharmos as refeições com sumos e agora
acompanhamos sempre as refeições com água. Esporadicamente, normalmente ao
fim-de-semana, bebemos um refrigerante. Quando o fazemos temos algum cuidado e
evitamos que ele se aperceba o que estamos a beber. Isto é realmente uma coisa
que acho essencial evitar. Ele bebe muita água e ocasionalmente sumo de laranja
natural.
As Papas
Quando introduzimos a papa na alimentação,
comecei por iniciar uma papa, que embora não seja vendida em supermercados e
contenha menos nível de açúcar, era processada. Não me parecia lógica esta
opção, embora muito mais prática. Tanta persistência para conhecer os sabores
dos legumes na sopa e da fruta, para depois estragar tudo com uma papa cheia de
açúcar. Depois de pesquisar alguma informação, optei por fazer papas caseiras só
com cereal e fruta. Ele adorou. Sempre dei apenas uma única papa por dia. Assim
que ele começou a mastigar mais facilmente, a papa passou para o período da
manhã. Chegou uma altura em que ele a recusou e optámos simplesmente por não
dar. Ele hoje não come nenhuma papa. Os pequenos-almoços e lanches variam entre
fruta, iogurte, pão, panquecas e outras coisas que vamos inventando ou
descobrindo.
As Bolachas e os Doces
As bolachas são um óptimo snack para o lanche
ou mesmo entre as refeições. Tento ter sempre caseiras, feitas sem açúcar e
usando fruta para adoçar. Se não houver feitas ele come bolachas simples de
compra, sem drama.
Mais saudáveis que as bolachas de compra e que
o miúdo adora são as tostas finas e gressinos. Passaram a estar sempre na lista
de compras lá de casa. São óptimos para levar para qualquer lado também. Convém
é dar uma vista de olhos nos ingredientes e verificar a quantidade de sal.
Se ele adora coisas doces? Sim. Aprendemos que
o melhor truque é, simplesmente, não ter uma série de coisas em casa. Se o
proibimos de provar e experimentar? Não, nunca.
Os Iogurtes
Quando introduzimos o iogurte, a pediatra
aconselhou-nos a optar pelo iogurte natural sem açúcar. Foi o que fizemos e
nunca mais alterámos. O iogurte é uma opção óptima na alimentação que deixa de
ser assim tão óptima quando olhamos para os ingredientes. Os primeiros iogurtes
e os iogurtes de aromas, polpa e pedaços estão cheios de açúcar. Para um lanche
mais reforçado e mais doce misturamos fruta e fica óptimo. Ele é fã dos iogurtes
naturais e eu fico contente que ele recuse todos os outros com aromas
artificiais.
Os Legumes
Somos fãs de legumes lá em casa. Acompanhamos
todas as refeições com salada e tentamos ter sempre legumes, sejam salteados,
cozidos ou misturados com carne o peixe. Também optámos por ter dias com
refeições totalmente vegetarianas onde as leguminosas acabam por ser o prato
principal. A sopa é essencial e faço sempre questão que ele a coma ao almoço e
ao jantar. Pode não querer comer mais nada mas a sopa ‘marcha’
sempre.
Estes são alguns dos cuidados que temos com a
alimentação do miúdo. Gostamos desta ideia de equilíbrio, de poder experimentar
mas não darmos habitualmente. De ele ter o máximo de dias com alimentação
‘controlada’ para termos dias para comermos gelados e queques. Há muitas
maneiras de fazer as coisas. Esta tem resultado connosco."
Muito obrigada Sandra por esta partilha :)
O que pensam vocês? Acham que um estilo de vida saudável desde a infância consegue vencer a influência dos genes?
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