A resposta é: Não, não e não!!!
O resto do artigo é só mesmo para explicar esta minha posição porque a resposta já está dada!
Hoje em dia, a maioria das pessoas já não associa “gordura a formosura” mas isso parece só se aplicar a partir dos 3-4 anos de idade!
Enquanto bebés, a velha lei do “quanto mais gordinho melhor” ainda rege muitas cabeças.
O peso do bebé sempre a aumentar em grande escala é, na cabeça de muitos pais, o melhor indicador de que está tudo bem.
Enquanto bebés, a velha lei do “quanto mais gordinho melhor” ainda rege muitas cabeças.
O peso do bebé sempre a aumentar em grande escala é, na cabeça de muitos pais, o melhor indicador de que está tudo bem.
Como é óbvio, existem muitos outros parâmetros para avaliar a saúde e o desenvolvimento do bebé, por isso devemos relaxar um pouco em relação ao peso!
Esta preocupação começa logo nos primeiros meses.
No caso dos bebés amamentados, qualquer aumento de peso abaixo da média é logo motivo para introdução do leite artificial, o que é totalmente injustificado na maioria dos casos.
No caso dos bebés a leite artificial, há uma enorme pressão por parte das mães para que os bebés tomem as medidas de leite aconselhadas na embalagem.
Ora se os bebés são todos diferentes, se passam por picos de crescimento e por fases de crescimento mais lento, porque devem eles ter o mesmo apetite todos os dias a todas as refeições???
No caso dos bebés amamentados, qualquer aumento de peso abaixo da média é logo motivo para introdução do leite artificial, o que é totalmente injustificado na maioria dos casos.
No caso dos bebés a leite artificial, há uma enorme pressão por parte das mães para que os bebés tomem as medidas de leite aconselhadas na embalagem.
Ora se os bebés são todos diferentes, se passam por picos de crescimento e por fases de crescimento mais lento, porque devem eles ter o mesmo apetite todos os dias a todas as refeições???
Se o bebé não quer mais leite, não vale a pena insistir. Bebe apenas o que quer e, caso tenha fome antes das habituais 3 horas, é alimentado mais cedo sem qualquer problema!
A fase de introdução de novos alimentos é novamente motivo de preocupação por parte dos pais e leva muitas vezes ao acto de obrigar o bebé a comer, por isso deixo alguns alertas:
– é normal que o bebé ainda não esteja fisiologicamente preparado para iniciar a alimentação com a colher, logo não se deve forçar e deve-se respeitar o ritmo do bebé;
– é normal que o bebé coma quantidades muito reduzidas de sopa ou papas numa fase inicial, não vale a pena forçar e não há qualquer problema em complementar a refeição com leite pois este continua a ser o principal alimento do bebé até aos 12 meses;
– é normal que o bebé estranhe novos sabores, com o tempo e com o acto de provar várias vezes o mesmo alimento ele irá aceitar sem ser forçado;
– é normal que o bebé queira brincar com a comida e que desperdice grande parte da refeição para o chão mas esse processo é essencial para a aprendizagem e para uma boa relação com a comida.
Por volta dos 12 meses, o bebé entra na fase da chamada anorexia fisiológica do 2º ano de vida, ou seja, o bebé terá naturalmente menos apetite do que no seu primeiro ano!
É fundamental respeitar este apetite diminuído e não obrigar a criança a comer mais do que aquilo que lhe apetece.
É fundamental respeitar este apetite diminuído e não obrigar a criança a comer mais do que aquilo que lhe apetece.
Além de terem menos apetite, os bebés tornam-se mais selectivos em relação à comida pois já sabem bem o que gostam e o que não gostam! É nesta fase que surje com frequência a rejeição de certos alimentos como legumes, carne ou peixe e é nesta fase que os pais voltam a obrigar o bebé a comer!!!
Este obrigar pode ser forçar a entrada de comida, o que leva muitas vezes ao choro compulsivo e ao vómito…
Este obrigar pode ser a típica chantagem emocional “se não comeres a sopa toda não gosto de ti”…
Este obrigar pode ser o típico suborno “se comeres o peixe, comes gelado de sobremesa”…
Este obrigar pode ser a típica ameaça “não sais da mesa enquanto não comeres os brócolos”…
Este obrigar pode ser a típica chantagem emocional “se não comeres a sopa toda não gosto de ti”…
Este obrigar pode ser o típico suborno “se comeres o peixe, comes gelado de sobremesa”…
Este obrigar pode ser a típica ameaça “não sais da mesa enquanto não comeres os brócolos”…
Agora pensemos: é este tipo de relação com a comida que queremos que o nosso bebé tenha???
Queremos que os nossos filhos associem a hora da refeição a um drama???
Queremos que os nossos filhos associem a comida a recompensas ou ameaças???
Queremos que os nossos filhos associem a hora da refeição a um drama???
Queremos que os nossos filhos associem a comida a recompensas ou ameaças???
Não será esta má relação com a comida um dos pilares da grande epidemia chamada obesidade???
Os meus conselhos enquanto nutricionista e enquanto mãe:
– ofereçam sempre comida saudável, eles vão acabar por experimentar e comer sem serem obrigados a isso;
– não obriguem a comer mas nunca troquem a comida saudável por petiscos carregados de açúcar;
– façam as refeições em família e deixem que o bebé maior de 12 meses coma exactamente o mesmo que os papás, com as devidas adaptações;
– sejam um exemplo para os vossos filhos pois eles são esponjas que actuam por imitação
Boas e saudáveis refeições para todos!!!
Este artigo foi escrito originalmente para o blog Sweet Caos.
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