Nutricionista mas não ortoréctica.
É assim que me defino há muitos anos como profissional e também como pessoa, pois sempre fui contra qualquer tipo de fundamentalismo ou extremismo.
É assim que me defino há muitos anos como profissional e também como pessoa, pois sempre fui contra qualquer tipo de fundamentalismo ou extremismo.
A ortorexia é um novo tipo de distúrbio do comportamento alimentar que consiste numa obsessão por comida saudável, o que leva a grandes restrições na alimentação. As pessoas que sofrem deste distúrbio, classificam muitos alimentos como “impuros” quer seja pelo seu valor calórico, pelo teor de gorduras ou sal, pela presença de pesticidas etc. Como não se permitem comer nada destes alimentos considerados impuros, começam a viver em função da sua dieta, planeando sempre as refeições com dias de antecedência, evitando refeições fora de casa e apontando o dedo a todas as pessoas que não praticam o mesmo tipo de alimentação, com consequências graves nas suas relações sociais e profissionais.
Estão a perguntar-se porque estou eu a falar de ortorexia, quando o tema é nutrição infantil???
O motivo é simples: há cada vez mais pais com um comportamento obsessivo em relação à alimentação dos seus rebentos. Vemos cada vez mais uma autêntica brigada anti leite artificial, anti papas industrializadas, anti boiões de fruta. Vemos pais que compram exclusivamente produtos biológicos para os seus filhos. Vemos pais que nunca usam o microondas para a comida dos mais pequenos. Vemos pais que têm carta branca do médico para que o bebé comece a comer o mesmo que toda a família, mas continuam a cozinhar em exclusivo para o bebé.
O motivo é simples: há cada vez mais pais com um comportamento obsessivo em relação à alimentação dos seus rebentos. Vemos cada vez mais uma autêntica brigada anti leite artificial, anti papas industrializadas, anti boiões de fruta. Vemos pais que compram exclusivamente produtos biológicos para os seus filhos. Vemos pais que nunca usam o microondas para a comida dos mais pequenos. Vemos pais que têm carta branca do médico para que o bebé comece a comer o mesmo que toda a família, mas continuam a cozinhar em exclusivo para o bebé.
No outro extremo, temos os pais que permitem que os seus filhos comam doces diariamente desde tenra idade, que usam os refrigerantes como bebida de eleição, que levam os filhos a restaurantes de fast food com frequência, que não insistem com a criança para que esta coma sopa ou fruta ou brócolos só para não enfrentarem uma birra.
Que tipo de mãe eu quero ser? Nenhuma destas!
Quero que a Francisca continue a gostar de sopa e de fruta.
Quero que a Francisca coma peixe e brócolos e todo o tipo de legumes.
Quero que a Francisca goste de experimentar novos alimentos.
Quero que a Francisca não me faça birras porque quer comer ovos com salsichas todos os dias.
Mas também quero que a Francisca continue a gostar de pão e de bolacha maria, que se lambuze quando come cerelac e que coma uma grande fatia de bolo nas festinhas de anos dos amiguinhos!!!
Quero que a Francisca continue a gostar de sopa e de fruta.
Quero que a Francisca coma peixe e brócolos e todo o tipo de legumes.
Quero que a Francisca goste de experimentar novos alimentos.
Quero que a Francisca não me faça birras porque quer comer ovos com salsichas todos os dias.
Mas também quero que a Francisca continue a gostar de pão e de bolacha maria, que se lambuze quando come cerelac e que coma uma grande fatia de bolo nas festinhas de anos dos amiguinhos!!!
Ser mãe é viver sempre cheia de dúvidas, mas no que toca à alimentação temos mesmo que simplificar: equilíbrio, moderação, nem sempre nem nunca!
E, acima de tudo, DAR O EXEMPLO pois de que adianta obrigá-los a comer sopa quando os papás não a comem?
Post originalmente escrito para o blog Sweet Caos.
1 comentário:
Plenamente de acordo! Sem espinhas!!
E Deus me mantenha este bom senso!
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